Óleo essencial de Ravintsara qt 1,8-cineol - 10 mL
Certificação biológica na origem - Madagascar
HIDRODESTILAÇÃO DAS FOLHAS
Confira nos links abaixo, alguns artigos científicos sobre as propriedades deste óleo essencial:
<https://www.mdpi.com/1420-3049/24/20/3792/htm>
Óleo essencial de Ravintsara (Cinnamomum camphora)
Óleo essencial de pequeno produtor de Madagascar, certificado biológico na origem.
Ravintsara - Cinnamomum camphora
ÓLEOS ESSENCIAIS DE RAVINTSARA VERSUS RAVENSARA
Embora pertençam à mesma família botânica e possuam nomes populares muito próximos, os óleos essenciais de ravintsara e ravensara apresentam algumas diferença.
Você sabe quais são elas?
Descubra todos os detalhes sobre cada uma destas duas variedades.
A ÁRVORE
A ravensara (Cryptocarya agathophylla van der Werff) é nativa da Austrália, na Tasmânia e em Madagascar e prospera nas condições úmidas de florestas tropicais com altitudes de entre 70 e 100 metros. Ela cresce até os 20 metros e é sustentada por uma base repleta de fortes raízes. A casca é avermelhada, as folhas possuem uma forma elíptica simples, as flores são pequenas e verdes e o fruto abriga 6 cavidades em seu interior.
Tradicionalmente, os malgaxes usam a casca e o caule por suas propriedades tônicas e bactericidas. As folhas também são queimadas nas casas após uma morte para evitar a propagação de doenças. A casca, que possui um sabor reminiscente ao do anis, é usada na produção local de rum.
A ravintsara (Cinnamomum camphora) é uma grande árvore perene que cresce até 30 metros de altura. As folhas têm uma aparência brilhante, cerosa e verde brilhante, com pequenas flores brancas que desabrocham na primavera. Ela produz frutos aglomerados semelhantes a amoras. Sua casca é pálida, muito áspera e verticalmente fissurada.
A ORIGEM DO NOME
A ravintsara não é nativa de Madagascar. As primeiras árvores vindas da China foram introduzidas na ilha no início do século XIX. Trata-se de um quimiotipo da árvore Cinnamonum camphora, que perdeu completamente sua capacidade de produzir traços canforáceos no clima de Madagascar.
O nome ravintsara significa “folha boa”. O povo malgaxe logo a descobriu e passou a apreciar o valor terapêutico de suas folhas e óleo essencial. Ambos foram usados intensivamente na medicina popular para tratar dores de estômago, dores de cabeça, resfriados e infecções pulmonares.
A árvore foi descoberta em 1792 por Pierre Sonnerat, quando recebeu o nome botânico de Ravensara aromatica. Posteriormente seu nome botânico foi corrigido para Agatophyllum aromaticum e atualizado em 2008 para Cryptocarya agathophylla, nomenclatura correntemente reconhecida no meio acadêmico. Dois tipos de óleos são produzidos a partir dessa árvore: o óleo produzido a partir da destilação a vapor das folhas é chamado “ravensara aromática” e o óleo destilado da casca é chamado “ravensara anisata”.
OS ÓLEOS
Um pouco de química
O óleo de ravintsara é extraído através da destilação a vapor das folhas e possui um odor balsâmico, fresco e levemente adocicado, fortemente reminiscente ao do alecrim. Seus principais constituintes químicos são óxidos (45% a 55% 1,8-cineol), monoterpenos (15% de sabineno, alfa-pineno e beta-pineno), sesquiterpenos (beta-cariofileno), álcoois monoterpênicos (7% de alfa-terpineol e terpineol) e ésteres (acetato de terpenila), também contendo diversos compostos vestigiais.
O óleo de ravensara aromática é rico em metilcavicol (estragol), sabineno, alfa-terpineno e limoneno, mas contém concentrações muito baixas de 1,8 cineol. O óleo de ravensara anisata tem um teor mais elevado de metilcavicol (até 90%), é caracterizado por um forte odor anisado e não é usado na aromaterapia.
IDENTIDADE BOTÂNICA
Tony Burfield escreveu: “a exata identificação botânica da fonte do óleo de ravensara já confundiu até pesquisadores mais eruditos e acadêmicos (sem falar dos aromaterapeutas) e vem sendo objeto de vários artigos”. Kurt Schnaubelt, uma figura de destaque na aromaterapia, relatou que o óleo de ravensara aromatica possui uma alta concentração de 1,8-cineol, mas essa afirmação não procede. Há uma certa confusão em torno da ravensara.
A palavra “ravensara” é uma latinização do termo malgaxe “ravintsara” e era geralmente usada para denominar os óleos destilados da canfora ravensara aromatica ou Cinnamomum camphora.
Pesquisas recentes sobre a composição química desses dois óleos levaram à atribuição de uma identidade botânica clara a cada um. O óleo de folhas da Agatophyllum aromaticum manteve o nome comum de ravensara e o nome botânico de Ravensara aromatica e o óleo da Cinnamomum camphora recebeu o nome comum de ravintsara.
A ravensara ainda é comumente vendida como “ravensara aromatica” ou “Cinnamonum camphora”, termos que nomeiam dois óleos essenciais com composições químicas completamente diferentes. Por muitos anos, a Ravensara aromatica foi vendida como um óleo contendo um alto nível de 1,8-cineol, mas nós hoje sabemos que sua concentração natural desse composto é muito pequena. Isso pode confundir o consumidor, pois nunca se sabe exatamente qual é o óleo que se está comprando.
USO TERAPÊUTICO
Ambos os óleos possuem fontes propriedades antivirais. A Ravensara aromatica é particularmente eficaz no tratamento de todas as formas de herpes e atenua a inflamação causada pelo vírus da zona. Devem ser usados com cautela, pois podem causar irritações na pele. O metilcavicol também é considerado um possível carcinógeno.
O óleo de ravintsara é antibacteriano, anticatarral, antifúngico, anti-infeccioso,
antirreumático, antiviral, descongestionante, cicatrizante, expectorante, tônico imunológico e neurológico.
Kurt Schnaubelt relatou que o óleo de ravintsara é a essência mais indicada para o tratamento da gripe e herpes e chama a mistura de alfa-terpineol e cineol de “a sinergia da gripe e dos resfriados”. Ele inclui o louro, o eucalipto radiata, o niaouli (MQV), o tea tree e a lavanda spike nessa mesma categoria antiviral e explica que o tratamento aromático imediato de uma condição viral inibe o vírus, alterando do pH e a resistência elétrica dos fluidos humorais de uma forma que é adversa a ele.
Use o óleo de ravintsara para reparar tecidos danificados por casos de zona, herpes, das verrugas e pé de atleta e o óleo de ravensara para tratar febre glandular, esclerose múltipla e deficiência imunológica. Gabriel Mojay também recomenda o seu uso para tratar debilidade nervosa, ansiedade crônica, melancolia, depressão leve, dores musculares e nos tendões.
Ele diz que a ravensara é ideal para casos de inquietação, insônia, fraqueza imunológica e congestão pulmonar. Ele também afirma que o óleo inspira uma sensação de positividade.
Certamente, são óleos muito versáteis e especialmente benéficos durante os meses frios e úmidos, quando todos nós devemos impulsionar à nossa imunidade.
Para mais informações sobre técnicas avançadas usando óleos essenciais, consulte o livro “Aromaterapia Médica”, em breve disponível pela editora Laszlo!
SUGESTÕES DE USO
Uma inalação ideal para a expectoração: coloque 3 gotas do óleo em uma tigela de água recém fervida, posicione a cabeça sobre ela e cubra com uma toalha para isolar os vapores ascendentes. Inale durante dez minutos três vezes ao dia.
A ravintsara pode ser adicionado a um difusor no quarto e em áreas de convivência quando uma pessoa não estiver bem para aumentar a imunidade, atenuar infecções e elevar os ânimos.
Para músculos doloridos após os exercícios físicos, use os óleos em uma massagem esportiva relaxante ou em um banho quente.
4 . Em casos de dor de garganta, adicione algumas gotas do óleo em água quente e use como um gargarejo.
Pode ser aplicado sobre ou ao redor de verrugas.
SUGESTÕES PARA MISTURAS
A ravintsara se mistura bem com todos os eucaliptos, alecrim, louro, olíbano, cardamomo, madeiras como espruce negro, cipreste e junípero e com cítricos como o limão.
REFERÊNCIAS:
FÁBIÁN LÁSZLÓ
BURFIELD, Tony. Aromatherapy Times 2004.
HARRIS, Robert. International Journal of Aromatherapy Vol 11, Number 1.
MOJAY, Gabriel. Notes from 2003 ITHMA diploma course.
SCHNAUBELT, Kurt. Medical Aromatherapy.